Você provavelmente vai sentir no bolso uma mudança aprovada em Brasília.
O Congresso Nacional derrubou vetos presidenciais e, com isso, a conta de energia deve ficar 3,5% mais cara.
Esse aumento é resultado de decisões políticas que afetam diretamente todos os consumidores, especialmente empresários.
Se você comanda um negócio e já lida com custos altos, é hora de redobrar a atenção.
A seguir, explicamos o que aconteceu, por que sua conta vai subir e o que você pode fazer para se proteger.
Aumento na conta de energia é aprovado pelo Congresso
A origem do problema está em um projeto que tratava da regulamentação da energia eólica em alto mar.
No entanto, parlamentares incluíram no texto diversas emendas alheias ao tema — os famosos “jabutis”.
Entre essas emendas, estava a obrigatoriedade de contratação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), fontes mais caras de energia.
O presidente Lula vetou esses pontos, mas o Congresso derrubou os vetos em votação realizada em julho.
Com isso, estima-se um custo adicional de quase R$ 200 bilhões até 2050.
Segundo a FNCE (Frente Nacional dos Consumidores de Energia), o impacto dessa decisão representa o equivalente a seis anos sob bandeira vermelha na conta de luz.
Entenda por que a conta vai ficar mais cara
A medida restabelece subsídios e cotas obrigatórias para fontes específicas como biomassa, PCHs e algumas eólicas regionais.
Programas antigos, como o Proinfa, também foram prorrogados por mais 20 anos, mesmo sendo menos eficientes hoje.
Essas decisões não foram técnicas, foram políticas.
O próprio FNCE classificou a ação como “contrabando legislativo”, destacando que ela vai contra as expectativas da população e encarece toda a cadeia produtiva.
Além disso, ainda existem vetos pendentes que tratam da contratação de termelétricas. Caso também sejam derrubados, o impacto na tarifa pode ser ainda maior.
Empresários buscam saída no mercado solar
Com o aumento inevitável, cresce a procura por alternativas.
A energia solar desponta como uma solução eficaz, especialmente para empresas.
Além de ser uma fonte limpa e renovável, permite previsibilidade de custos e economia real a médio prazo.
Empresários que investiram em geração solar própria relatam reduções de até 90% na conta de luz.
E com linhas de crédito específicas para energia limpa, o investimento pode ser diluído sem sufocar o caixa da empresa.
O que você pode fazer agora
Se você é empresário e está preocupado com os impactos desse aumento:
- Revise sua fatura de energia e entenda sua média de consumo.
- Faça simulações com empresas de energia solar para verificar o retorno do investimento.
- Acompanhe as movimentações do Congresso: novas decisões podem ampliar o impacto.
- Avalie a contratação de uma consultoria para identificar oportunidades de economia energética.
O aumento na conta de energia é um alerta.
Mas também é uma oportunidade para quem deseja se antecipar, investir com inteligência e proteger seu negócio de instabilidades políticas.