Em 2023, o Brasil ganhou destaque ao alcançar 89% de sua geração de eletricidade através de fontes renováveis, consolidando-se como líder nesse sentido no G20.
Essa conquista foi resultado da base hidrelétrica robusta e da rápida expansão das energias solar e eólica, que juntas representaram 21% da matriz energética total do país.
Com isso o Brasil, não somente se posicionou como o país com o segundo maior aumento mundial em geração eólica e solar, atrás apenas da China, como também ajudou a reduzir as emissões de CO2 per capita de 0,56 MtCO2 em 2014 para 0,33 MtCO2 em 2023 no mundo todo, mantendo o país com as menores emissões per capita do G20.
Fonte: Ember/Divulgação
Mas apesar de tais avanços, a expansão das termelétricas a gás representa uma ameaça à transição para uma matriz energética limpa no Brasil.
A pressão para aumentar a capacidade de geração a gás pode comprometer os ganhos
ambientais já obtidos com as energias renováveis.
O PAPEL DA ENERGIA EÓLICA E ENERGIA SOLAR
O crescimento da energia solar no Brasil foi impressionante, com um aumento de 72% entre 2022 e 2023, representando 7,3% da eletricidade total do país.
Dados recentes mostram um crescimento contínuo em 2024, com a geração solar nos primeiros cinco meses do ano superando os números do mesmo período no ano anterior.
A participação da energia solar no Brasil ultrapassou a média do G20 (6,4%), gerando 9,1% de eletricidade entre março de 2023 e abril de 2024.
De acordo com esse mesmo relatório da Ember, o Brasil não só lidera o G20 em eletricidade renovável, mas também mostra como o crescimento das energias renováveis pode reduzir as emissões e atender à demanda crescente por energia elétrica limpa.
O sucesso do Brasil deve servir de exemplo para outros países do G20, que podem liderar a transição global para um futuro energético sustentável.
Na conferência COP28, realizada em dezembro, os líderes mundiais concordaram em triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030, um passo crucial para reduzir as emissões globais e manter a meta de 1,5 °C.
Seguindo o exemplo do Brasil, os países do G20 podem liderar o caminho para a construção de um futuro mais limpo e sustentável.
O compromisso do Brasil com o crescimento das energias renováveis, políticas eficazes e o uso eficiente dos recursos naturais mostra que é possível sim reduzir rapidamente as emissões do setor elétrico, enquanto se atende à crescente demanda por eletricidade.
Este é um exemplo poderoso para outros países seguirem.