Giro Solar: Meta investe no Texas, China corta subsídios e mercado global enfrenta desafios

O setor de energia solar segue como um dos protagonistas da transição energética mundial, com avanços e desafios influenciando o mercado global. 

Enquanto a Meta amplia seus investimentos em energia limpa nos Estados Unidos, a China adota uma postura mais cautelosa ao reduzir subsídios após um boom nas instalações solares e eólicas. Paralelamente, os principais fabricantes de paineis solares enfrentam um cenário competitivo e de ajustes na produção.

Meta impulsiona energia solar no Texas

A gigante da tecnologia Meta anunciou uma parceria com a Cypress Creek Renewables para a construção do projeto Hanson Solar, no Texas. Com capacidade de 396 MW, a usina reforça o compromisso da empresa em operar com 100% de energia renovável e contribuir para a diversificação da matriz energética do estado. Além dos benefícios ambientais, o projeto deve gerar empregos na construção e manutenção, fortalecendo setores como infraestrutura e tecnologia. A iniciativa da Meta também serve como exemplo para outras corporações, acelerando a transição para fontes limpas e sustentáveis de eletricidade.

China reduz incentivos para energia renovável após crescimento acelerado

Na contramão do movimento da Meta, a China anunciou o corte de subsídios para novos projetos de energia solar e eólica, após um crescimento exponencial no setor. Em 2024, a capacidade instalada de energia solar no país cresceu 45%, atingindo 887 GW—seis vezes mais do que os Estados Unidos. Com esse avanço, a meta de capacidade renovável para 2030 foi atingida com seis anos de antecedência, levando o governo chinês a alterar a política de incentivos. A partir de junho de 2025, os projetos serão comercializados com tarifas de mercado, sem subsídios diretos. A mudança pode impactar a competitividade da indústria solar chinesa, que já lida com superprodução e queda nos preços dos paineis.

Mercado de paineis solares cresce, mas sente impacto da desaceleração

Enquanto os investimentos em energia renovável seguem em alta, os fabricantes de paineis solares enfrentam um momento de ajustes. Em 2024, as dez maiores empresas do setor embarcaram um total de 502 GW em módulos fotovoltaicos, um crescimento anual de 22%. No entanto, o volume ficou abaixo da projeção inicial de 700 GW, refletindo a desaceleração da demanda e um excesso de oferta no mercado. A Jinko manteve a liderança global, seguida por Longi, JA Solar e Trina, que juntas representaram 63% das vendas do top 10 do setor. Para 2025, a previsão de embarques está entre 559 GW e 603 GW, com as empresas buscando estabilidade e maior qualidade nos produtos para se diferenciarem na concorrência.

Futuro da energia solar: crescimento com ajustes

Os últimos acontecimentos no setor de energia solar refletem um cenário dinâmico, com grandes investimentos em países como os EUA e ajustes estratégicos na China. O crescimento segue forte, mas a necessidade de adaptação às mudanças no mercado global, na regulação e na demanda se torna cada vez mais forte.

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