A energia solar é uma das principais formas sustentáveis de produzir energia.
Porém, quando ocorrem incêndios floresais, o desempenho dessa tecnologia limpa é prejudicado. Pois a liberação de fumaça e fuligem na atomosfera cria uma barreira que bloqueia parte da luz que atinge os paineis fotovoltaicos.
Como resultado, há uma queda considerável na eficiência dos sistemas solares, com perdas que podem variar de 20% a até 30% em áreas próximas aos focos de incêndio.
Além da diminuição da radiação solar, a fuligem e as cinzas acumuladas nos paineis exigem uma manutenção mais rigorosa, aumentando a necessidade de limpezas e os custos para os proprietários dos sistemas. Esse acúmulo pode, inclusive, ter um efeito corrosivo nos materiais dos paineis, reduzindo sua vida útil e levando a maiores custos operacionais a longo prazo.
Casos documentados em regiões como o Pantanal no Brasil, a Califórnia e a Austrália destacam os prejuízos das queimadas em usinas solares durante queimadas intensas. A solução para diminuir esses efeitos inclui a limpeza regular dos paineis, monitoramento em tempo real do desempenho dos sistemas e a implementação de tecnologias de revestimento que possam repelir a sujeira, diminuindo o impacto das partículas poluentes.
O combate aos efeitos negativos das queimadas na energia solar também passa por políticas públicas mais robustas de prevenção de incêndios e pela escolha de locais estratégicos para a instalação de usinas, minimizando a exposição a incêndios sazonais.
Se combinados novas tecnologias e medidas preventivas, é possível reduzir significativamente os impactos negativos e garantir que a energia solar continue a ser uma solução viável e eficiente para o futuro energético.